segunda-feira, março 22, 2010

Período Histórico

1958 - Bossa Nova:
Na década de 50, o Rio ainda disputava com São Paulo o título de maior cidade do Brasil, era a capital federal e um local de grande efervescência cultural. O país vivia um período de certa forma tranquilo, de otimismo. Juscelino Kubitschek era o presidente, eleito pelo povo e ainda não havia lugar para as canções engajadas, que surgiriam poucos anos depois, no período da ditadura militar.

João Goulart assumiu a presidência em 7 de setembro de 1961, sob o regime parlamentarista, e governou até o Golpe de 64, em 1º de abril. Seu mandato foi marcado pelo confronto entre diferentes políticas econômicas para o Brasil, conflitos sociais e greves urbanas e rurais.

O parlamentarismo foi derrubado em janeiro de 1963: em plebiscito nacional 80% dos eleitores optaram pela restauração do presidencialismo. Enquanto durou, o parlamentarismo teve três primeiros-ministros, entre eles, Tancredo Neves, que recunciou para candidatar-se ao governo de Minas Gerais.

Conquistas trabalhistas - em 1961 a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria e o Pacto de Unidade e Ação, de caráter intersindical, convocaram uma greve reivindicando melhoria das condições de trabalho e a formação de um ministério nacionalista e democrático. Foi esse movimento que conquistou o 13º salário para os trabalhadores urbanos. Os trabalhadores rurais realizaram no mesmo ano, o 1º Congresso Nacional de Lavradores e Trabalhadores Agrícolas, em Belo Horizonte, Minas Gerais. O Congresso exigiu reforma agrária e CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) para os trabalhadores rurais. Em 62, com a aprovação do Estatuto do Trabalhador Rural muitas ligas camponesas se transformaram em sindicatos rurais.

O anúncio de reformas aumentou a oposição ao governo e acentuou a polarização da sociedade brasileira. Jango perdeu rapidamente suas bases na burguesia. Para evitar o isolamento, reforçou as alianças com as correntes reformistas.

A crise se precipitou no dia 13 de março, em razão da realização de um grande comício em frente à Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Perante 300 mil pessoas Jango decretou a nacionalização das refinarias privadas de petróleo e desapropriou, para a reforma agrária, propriedades às margens de ferrovias, rodovias e zonas de irrigação de açudes públicos. Lembrando que a economia encontrava-se extremamente desordenada.

Em 19 de março foi realizada, em São Paulo, a maior mobilização contra o governo: a "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", organizada por grupos da direita, influenciados por setores conservadores da Igreja Católica. A reunião de 400 mil pessoas, forneceu o apoio político para derrubar o Presidente. No dia 31 de março iniciou-se o movimento para o golpe. No mesmo dia, tropas mineiras comandadas pelo general Mourão Filho marcharam para o Rio de Janeiro e para Brasília.
Fonte01: saiba mais!
Fonte02: saiba mais!

(Essa história real não acabou. Continue esta pesquisa no seu caderno!)


1980 - Rap:
Em 1979, iniciou-se o governo do General Figueiredo, tendo como ministro da Fazenda Karlos Rischbiter, como ministro da Agricultura Delfim Netto e como ministro do Planejamento Mario Henrique Simonsen. Este defendia um rigoroso ajuste fiscal, corte nos gastos e nos investimentos que não tinham prioridade, visando a melhoria das contas em transações correntes e o controle do processo de individamente externo.

Por outro lado, figurava a oposição composta por Delfim, do Planejamento e por Andreazza, do Interior. Traçou-se uma disputa política relacionada aos rumos da economia brasileira, assim Delfim Netto acabou substituindo Simonsen no Ministério do Planejamento. Delfim queria o milagre econômico, mesmo sabendo que a situação externa estava desfavorável. Com o segundo choque do petróleo e a alta dos juros externos, ele não teve outra saída a não ser mudar a condução da política econômica.

Este período ficou conhecido como a "década perdida", caracterizada pela queda nos investimentos e no crescimento do PIB, pelo aumento do déficit público, pelo crescimento da dívida externa e interna e pela ascensão inflacionária.

Devido ao agravamento da crise econômica e ao aumento das pressões sobre o governo militar, acabou tornando inviável a continuação desse tipo de governo, e assim em 1985, iniciou uma nova forma de governar o país, um governo civil em que o presidente seria eleito de forma indireta atravé do Congresso Nacional. Embora seja um tema relativamente constante do noticiário econômico brasileiro dos últimos 40 anos, foi na década de 1980 que a inflação brasileira intensificou-se como nunca ocorreu antes. A alta dos juros internacionais, desde 1979, e os problemas ligados à administração da dívida externa marcaram então um crescimento nunca visto das taxas inflacionárias no país, e continuaram a crescer ano a ano. Em 1986, o governo tentou conter a inflação com o Plano Cruzado, mas conseguiu apenas baixá-la para 62% ao ano. Após mais três planos econômicas de contenção, a década encerrou-se com o Brasil às portas da hiperinflação, com a marca de 1764% ao ano em 1989, chegando ao máximo de 6584% para o período dos últimos 12 meses, em abril de 1990.

A crise nacional se acentua e o Brasil perde o controle do seu rumo devido a utilização de uma política equivocada. Como a economia mundial estava em recessão e com as devidas crises do petróleo, as taxas de juros estavam muito oscilantes e o único modo que o Brasil conseguiu financiar o planejamento foi adotando taxas de juros não fixas, deste modo, a dívida ficava muito vulnerável com a alta dos juros internacionais.

Diante de tantos problemas, a década de 80 poderia ser mais valorizada nos dias de hoje e não uma década para ser esquecida e vista como a "década perdida".
Fonte01: LOPES, F. O desafio da hiperinflação. Rio de Janeiro:Ed.Campus, 1989.
Fonte02: saiba mais!
Fonte03: LOURENÇO, Gilmar Mendes. Economia Brasileira da Construção da Indústria à Inserção na Globalização. Curitiba: Ed. do autor, 2005.

(Temos muito o que saber. Continue esta pesquisa no seu caderno!)



3 comentários:

Anônimo disse...

Hmmmmm, que interessante ¬¬ :X

O mais profundo do eu disse...

Adorei o blog e degustei cada artigo postado.

E gostaria de fazer uma pequena inserção sobre a análise de Monte Castelo de Gabriel, O Pensador:

O poeta-cantor simbolizou o amor em três versões: O amor físico na poesia de Camões; o amor sagrado na carta do Apostolo Paulo aos Corintos; o amor pela liberdade quando o mundo se reuniu contra a II Guerra Mundial e o que acontecia na Europa. Itália, EUA e o Brasil com sua força Expedicionária expulsam os alemães de monte Castelo. Assim, simbolizadas estão as três formas de amor sem as quais o homem não sobrevive.

Jolite disse...

Olá professora,
Obrigada pela sua contribuição na intertextualização de Monte Castelo, onde Renato Russo de forma inteligente e mostrando a sua vasta leitura,nos presenteou com essa obra belíssima que é Monte Castelo.

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